domingo, 7 de outubro de 2012

O alimento dos deuses

Se os deuses comessem, certamente o kefir seria um dos seus alimentos.

Este leite coalhado, algo semelhante ao iogurte, que resulta da fermentação do leite pelos grãos de kefir, é um alimento pró biótico. Destrinçando a palavra, biótico quer dizer “vida” e pró quer dizer “a favor”. Ao contrário do antibiótico (anti-vida) que infelizmente é-nos receitado de forma cada vez mais indiscriminada, os pró bióticos são alimentos que contêm um conjunto de microorganismos vivos e quando ingeridos têm um efeito benéfico na flora bacteriana intestinal e, por conseguinte, podem contribuir em muito para a nossa saúde.

Pensa-se que este vem do Norte Cáucaso, onde era utilizado por pastores daquela região. Os grãos de kefir não são, nem mais nem menos, do que uma cidade de organismos vivos. Uma matriz de proteínas e açúcares nos quais vive uma comunidade de bactérias e leveduras em simbiose.


De uma forma geral são passados de mão em mão. É um alimento da partilha. Depois de me ter sido oferecido pela minha amiga Eugénia, eu já o distribuí, ao longo destes meses, por mais uma mão cheia de amigas.






Este feriado, 5 de Outubro, pontuou-se por mais um encontro de kefir. Através de trocas bloguistas acabei conhecendo o rosto de mais um blog terceirense, Foothwithameaning (visitem, vale apena). O kefir serviu de mote para o encontro, ou reencontro, não sei dizer. Foram umas horas de kefir, blogs, comida, compotas e chutneys. Um pouco de tarde bem passada, onde dar significa receber muito mais (obrigada Patrícia).


Eu cá por casa fiz do kefir um dos meus companheiros matinais. E tal como vos havia prometido, hoje trago-o à minha blogosfera.





Podemos consumir o kefir puro, sem mais nada. Embora um pouco ácido (mais que o iogurte natural), eu gosto mesmo assim. Para os mais exigentes com o sabor pode-se transformar em deliciosos batidos. Na maioria dos dias, de forma a ter um pequeno-almoço mais substancial, deixo-me levar pela imaginação e transformo o meu kefir nos mais variados sabores. De uma forma geral, adiciono frutas, alguns verdes, sementes e por vezes especiarias. Todos os dias varia, consoante a inspiração e os ingredientes disponíveis na dispensa e no quintal. O kefir também pode ser utilizado de diversas formas na culinária e a internet está cheia de ideias; queijos, manteigas, pastas, panquecas, etc ...

Contudo, convém sempre lembrar que para se tirar o máximo benefício deste alimento deve-se consumi-lo em cru e não cozinhado.

O bom mesmo é arranjar uns grãos e saber que eles estão ali todos os dias a trabalhar gratuitamente para nós. Torna-se um ritual o mudar o leite, recolher a safra e prepará-la para alimentação saudável de toda a família.

8 comentários:

  1. Bom dia, foi um gosto visitar o seu blogue, gostei.

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  2. Olá Cecília,
    cá por casa o Kefir é à hora do lanche, mas a proveniência do nosso também foi a Eugénia. Fiquei super curiosa com os teus chutneys. O Zé é um apreciador... Andas muito inspiradora, gosto de te visitar por aqui. Um beijinho!

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    1. Olá Raquel,

      Eu também estou sempre de olho em vocês. Gosto de saber tudo da Colher de Mãe e principalmente as tuas aventuras no ensino doméstico.
      Mando-te aqui um link do chutney que fiz à poucos dias, chutney de tomate verde, não sei como ficou porque demora 1 mês a maturar. Aqui vai o link para veres a receita

      http://maisacrequedoce.blogspot.pt/2012/09/chutney-de-tomate-verde.html

      Tudo de bom para vocês

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  3. Adorei o nosso encontro, ou reencontro, como dizes. A conversa alongou-se pela tarde e não fosse a festa de aniversário que tinha na agenda teríamos ficado as três à conversa por mais tempo(gostei também muito de conhecer a Ana).Temos de marcar novo encontro. Quem sabe para um passeio a pé?
    Agradeço-te por teres partilhado comigo o kefir. Já dei parte à minha mãe, que o espreita constantemente na ânsia de ele crescer de forma mágica:)Ela adora o sabor.
    Eu vou seguir as tuas sugestões e vou tentar consumi-lo diariamente a cru, pois fiquei sabendo que cozinhado perde propriedades. Adorei o teu post. Fica sabendo que as fotos do batido estão simplesmente magníficas. Que lindo copo! Que belo cenário!

    Um abraço.
    Patrícia

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  4. Olá Cecília,
    vim aqui espreitar o teu blogue à procura de kefir. Pode parecer estranho, eu nunca ter falado dele no meu blogue, mas a verdade é que consumidora deste alimento. Acontece que fiz descanso o ano passado por altura das férias (saí da ilha) e congelei um pedaço desse menino. Já tinha lido sobre isso, por isso congelei com medo de o perder. Só que agora apeteceu-me recomeçar e não é a maldição, não o consegui recuperar. Deitei todos os dias leite fresco. Mudei de frasco. Fiz trinta por uma linha e azedava-me sempre o leite. Isso durou 2 semanas, hoje deitei o resto fora.
    A minha unica esperança é que tenhas um pedacinho que me possas doar. Já falei com a Patrícia, que trabalha no mesmo sitio que eu, e ela também tem o seu congelado. Gostava muito de ter esse bichinho a viver em minha casa outra vez. Será que tens?!
    Fico a aguardar resposta :)

    Beijinhos e obrigada.

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    1. Olá Susana,

      Também perdi o meu há uns meses, mas entretanto já recuperei através de uma amiga. Consigo-te arranjar um pouco, não muito, mas penso que o suficiente para reiniciares. Como combinamos. Não sei onde moras, ou se costumas estar em angra. Eu moro em São Bartolomeu, e vou a Angra à tarde quartas e sextas, mas podemos sempre combinar outro local qualquer. Bjs Cecília

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    2. Olá Cecília, também moro em Angra. Vai ser melhor combinarmos por mail... susana.belina@gmail.com.
      Obrigada e beijinhos.

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